"Morava em um jardim, apreciando seu reflexo etéreo nas águas do lago quieto. Era a Imaginação. Era prisioneira e não sabia. Não via os muros altos por detrás das plantas de muitas cores. Não via, pois não mais se movia. Ficava apenas lá, se olhando no espelho das águas que também não iam a lugar nenhum; estagnadas. Muitos seres e coisas passavam por lá. Achava que eram visitas para ela, mas estavam passando apenas por passar. Não eram prisioneiros, nem tinham lugar. Eram nada. Apenas coisas que passam pelos olhos da imaginação. Mas ela não tinha olhos para eles. Ficava só olhando para o lago, e nem via o céu por trás de suas orelhas alongadas. O céu também não ia a lugar nenhum. Era prisioneira de seu próprio paraíso. Não via nada além de si mesma, e nem sequer imaginava que era uma Imaginação prisioneira."(trecho inicial de um novo escrito no qual estava trabalhando hoje, ainda sem nome...)
Este não é um tempo nem um lugar bom para a Imaginação. Há tantas coisas e tantas pessoas que atacam, tentam destruir ou aprisionar nossa imaginação de todas as formas possíveis. Estou apenas começando a perceber o quanto eu, como muitos de nós, me tornei prisioneiro de tantos destes ardís...
Mas é sempre tempo de tentar libertar sua imaginação e sua alma...
(Este post também é dedicado à maravilhosa mulher que anda me ajudando a encontrar os grilhões de minha imaginação, e a me libertar deles)
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