26 de nov. de 2007

Música celta no Mittelalter com o grupo Kalahamsa


"O Grupo Kalahamsa tocará na taberna Mittelalter (descrita aqui em excelente artigo do Daniel Duende) na sexta-feira, dia 30 de novembro, a partir das 21h.

No repertório, músicas de tradição celta da Irlanda, Galícia, Astúrias, Portugal, além de composições próprias. O ambiente não poderia ser mais apropriado, apresentando decoração medievalista, atendentes vestidos a caráter, espaço confortável e cerveja artesanal a preço excelente."


Esta apresentação vai ser bem bacana. Espero conseguir não perdê-la.

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21 de nov. de 2007

Lady sings the blues so well...

"Agora só durmo, há tanto tempo que nem lembro a cor dos meus olhos. - Pois eu sei de que cor eles são. - provocou - Sabe? - Cor de tristeza, olhos como os seus só podem ter cor de tristeza. - Você acha? - Acho. - Quem é você? Nunca vem ninguém aqui. - Isso não é importante, tenho que ir embora mesmo. - Espera. Ela se sentou e abriu os olhos vagarosamente, querendo fechá-los, de doloridos que estavam. Ele abriu um enorme sorriso ao vislumbrar os olhos violeta, brilhantes. - Ah, eu estava certo - disse tocando o rosto dela -, são lindos. - São? - Violeta - ele gritou, rindo -, lindos! - e foi embora..."





"- E que escolha a gente tem quando a nossa felicidade depende de outra pessoa não mudar de idéia cada vez que acorda? Que escolha a gente realmente tem?

- Não, Estela, acho que a gente não tem escolha alguma..."


"Penso em amor. A guerra estoura no Haiti. Um furacão devasta os eua. Penso em amor. Uma borboleta cai morta no chão, com as asas quebradas. Acendo um cigarro numa miríade de atos falhos. Leio sempre as mesmas páginas do livro. Põe um pouco mais de whisky no meu café, por favor, que é para ver se eu entendo melhor o mundo
..."





"Por um ínfimo momento daquele quase amanhecer Adriana e Amanda foram a mesma: duas mulheres com amor para além de si, com o estranho desejo de se viverem por extravasar. Duas belas mulheres olhando o amanhecer mais belo dos tempo, sentindo o cheiro da chuva passda e desejando a eternidade daquele momento que, sabiam, só era o que era por ser momento. Elas sorriram o mesmo sorriso. Adriana pensou nele e disse eu te amo para si mesma antes de adormecer, pensando em dias vindouros. Amanda pensou no garoto com quem nunca havia tido nada e se quis consolar por não se viver inteira, pois não se vivia amar
..."


"Ela olha para o lado e pensa em respirar fundo. Chove. Dá para ver a janela do lado da mesa, o rosto dela à esquerda, o dele à direita. Gotas de chuva escorrem discretas, embaçando. Ela olha para ele por dentro. Ele para de mastigar no meio do caminho e pergunta:
- O que foi?
- Eu te amo.
- Eu também.
Ele olha para a janela. Ela, para o outro lado..."


Ela sabe contar histórias...

Eu só estou (re)aprendendo.
É sempre bom (re)aprender...

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fragmento IV

"Ele a observava dormir, da segurança de seu cigarro à beira da cama. Refazia seus contornos, suas curvas, seus caminhos. Sabia de cabeça como havia chegado até alí. Depois disso, do amanhã, não sabia. Havia aprendido a viver e não querer saber. Apenas ouvia a chuva e a observava dormir, aboletado na segurança de seu cigarro. A fumaça se perdia no rumo da luz. Sessenta watts de luz.

-- Hummm... Oi... -- ela acordou.
Ele sorriu, boca torta segurando o cigarro. Nu por trás da fumaça.
-- Você estava me olhando dormir? Assim eu fico com vergonha.
Ele continuou sorrindo enquanto se levantava. Alcançou o copo de absinto que esquentava sobre a estante e voltou para a cama.
Falou -- Estava pensando naquele dia que você cantou para mim.
-- Eu estava bêbada -- cortou ela. -- não canto mais. -- espreguiçou, trazendo seus braços e seus seios para a luz.
Ele apenas assentiu com a cabeça, olhar distante nos olhos voltados para ela.
Ela olhou em seus olhos por alguns segundos, e voltou a se virar para dormir.
-- Você pode não cantar mais, mas aquele momento em que você cantou agora é meu.

Apagou o cigarro no cinzeiro. Apagou a luz. Sentou-se novamente na cama e olhou para ela, iluminada pela lua que escapava das cortinas e desenhava sobre seu rosto. Lua inteira. Tudo inteiro, mesmo que feito em mil pedaços de luz na escuridão.
Deitou-se e demorou a dormir, mas estava feliz. Teria medo do amanhã se não tivesse aprendido a viver o hoje.

Nada mais é o mesmo depois que você ama. Nada se perde. Tudo flui."


Mais um fragmento de palavras em meio ao silêncio.
Talvez um dia eu o costure a uma história, ou o use para remendar algum buraco de alma.

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20 de nov. de 2007

fragmento III

"Nós achávamos que sabíamos demais. Mas no fundo não sabíamos nem o quando nem o onde, e nem o por quê. Mesmo assim, adorávamos com abandono de espírito aquilo que víamos. Éramos filhos das histórias de fantasmas, e no fim nos unimos àquilo que adorávamos e nos tornamos... nada."

Um fragmento solto.

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7 de nov. de 2007

sobre o tempo (de vida)

Uma coisa engraçada que eu percebí ao completar trinta anos é que isso não quer dizer absolutamente nada. Ouví dizer que algumas pessoas passam por uma tal crise dos 30 anos. Outras falam de crises dos 40 ou 50. Mas nada disso parece fazer sentido.

A cada aniversário que passa eu percebo que o que importa é quem somos, quem estamos sendo... para alguns, quem fomos... mas a quanto tempo chegamos aqui, e quanto tempo ainda teremos, é matéria da ocupação mental daqueles que não vivem.

Eu estou aqui, e neste exato momento estou escrevendo.
É isso que importa. É isso que sou.

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Imaginação cativa...

"Morava em um jardim, apreciando seu reflexo etéreo nas águas do lago quieto. Era a Imaginação. Era prisioneira e não sabia. Não via os muros altos por detrás das plantas de muitas cores. Não via, pois não mais se movia. Ficava apenas lá, se olhando no espelho das águas que também não iam a lugar nenhum; estagnadas. Muitos seres e coisas passavam por lá. Achava que eram visitas para ela, mas estavam passando apenas por passar. Não eram prisioneiros, nem tinham lugar. Eram nada. Apenas coisas que passam pelos olhos da imaginação. Mas ela não tinha olhos para eles. Ficava só olhando para o lago, e nem via o céu por trás de suas orelhas alongadas. O céu também não ia a lugar nenhum. Era prisioneira de seu próprio paraíso. Não via nada além de si mesma, e nem sequer imaginava que era uma Imaginação prisioneira."

(trecho inicial de um novo escrito no qual estava trabalhando hoje, ainda sem nome...)


Este não é um tempo nem um lugar bom para a Imaginação. Há tantas coisas e tantas pessoas que atacam, tentam destruir ou aprisionar nossa imaginação de todas as formas possíveis. Estou apenas começando a perceber o quanto eu, como muitos de nós, me tornei prisioneiro de tantos destes ardís...

Mas é sempre tempo de tentar libertar sua imaginação e sua alma...


(Este post também é dedicado à maravilhosa mulher que anda me ajudando a encontrar os grilhões de minha imaginação, e a me libertar deles)

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6 de nov. de 2007

What a wonderful world...


I see trees of green
red roses too
I see 'em bloom
for me and for you
And I think to myself
what a wonderful world.

I see skies of blue
clouds of white
Bright blessed days
dark sacred nights
And I think to myself
what a wonderful world.

The colors of a rainbow
so pretty in the sky
Are also on the faces
of people going by
I see friends shaking hands
sayin how do you do
Theyre really sayin
i love you.

I hear babies cry
I watch them grow
Theyll learn much more
than Ill never know
And I think to myself
what a wonderful world...


para a minha Ninkasi. :)

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1 de nov. de 2007

Realização...

"Ah. Então é assim!" =]

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