29 de out. de 2008

Filhos preferidos...

Se só puder ler um dos meus posts de hoje, leia uma das poesias.
São os meus prediletos. ;)

- à tona.

- coisas que a maré traz. (fragmento)

- chuva que vem

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A Crock of Gold, by James Stephens

... Então Lou Gold irrompeu de seu quarto, rindo seu riso de Leprechaun Americano, e disse "Have you ever read the book 'A Crock of Gold' by James Stephens? You HAVE to!".

James Stephens é o herdeiro dos manuscritos interminados de James Joyce, que o considerava "o maior mestre da língua inglesa".

Provavelmente ele tem razão. Eu devo mesmo ter que ler este livro. Vou atrás dele assim que possível.

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Mitos e Lendas do Brasil...

Eu mencionei que meu segundo artigo sobre os mitos e lendas do Brasil, vistos pela blogosfera, já foi publicado no Global Voices em Português também? De fato, já estou trabalhando no terceiro artigo, que trata sobre o Sací Pererê.

Querem saber? Se pudesse, eu fazia uns 7 artigos sobre os mitos, lendas, assombrações e imaginários brasileiros e latino-americanos. Não me faltam assunto nem tesão pelo tema.

Que São Eduardo Galeano nos abençoe. :)

UPDATE:
O terceiro artigo da série, sobre o Sací Pererê, já está no ar tanto no Global Voices Online quanto no Global Voices em Português. Espero que gostem.

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à tona.

reencontrei minha alma,
como tesouro de naufrágio.
preciosa!

eu, justo eu,
que nem sabia se,
e quando, e onde,
naufraguei.

reencontrei entre as ondas
do oceano do sono
e as praias de mim mesmo,
onde vinha andando
sem sentir a areia.

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coisas que a maré traz. (fragmento)

...era sentir-estar, diferente desse sentir-pensar.
era um sentir-estar impenetrável,
denso e total -- que chega manso e carrega.
de tão denso, não cedia aos cravos
que usamos para pregar as coisas às palavras.
era, portanto, indizível.

indizível, impensável demais,
só passível de ser sentido.
quando veio
e quando voltou
no derradeiro momento
antes do mergulho no oceano do sono.

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chuva que vem

Um trovão distante chega;
é aviso da chuva que vem

é uma boa hora.
o calor vai embora,
e o peso dos dias também.

chuva com vento,
tempestade,
com cheiro de renascimento.

eu e as plantas,
cabelos do mundo que balançam,
agradecemos a nosso modo.

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27 de out. de 2008

Hail to the Cat Queene of the Hill

Não sei quando ela nasceu. De sua história eu só ouvi boatos e causos. Dela não sei mais do que aquilo que aprendí com estes tempos de convivência. E com ela reaprendí também a conviver com não-humanos, e aprendí até a gostar mais deles do que das gentes falantes barulhentas e complicadas...

É a minha rainha-gata da colina. Minha Fionnacáit.

Queen of the hill

No dia 2, quando completo 31 anos de vida, completa-se também nosso primeiro ano de convivência. Espero que ela continue por perto por muito tempo. Posso dar uma de durão, mas eu amo esta geniosa senhora branca...

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Desabafo insone...

Para contar histórias encantadas, é necessário sonhar. Para sonhar, é necessário dormir apropriadamente. Aí estão três coisas que não tenho feito ultimamente.

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Fragmento

O primeiro gole de café em um fim de tarde como este é duas vezes o melhor do dia. Primeiro, pelo café. O primeiro gole é sempre o melhor. Segundo, pela tarde, que vai se esvaindo como uma serpente que chega e vai embora sem a gente notar, cheia de cores e perigo. Estendeu a mão para pegar os cigarros, mas deparou-se com o maço vazio. Se pegou tentando lembrar daquele feitiço que fazia chover, e na viagem pela memória não viu a noite cair. Quando olhou no relógio, praguejou. O cluracão estava atrasado, o que provavelmente significava que não viria. Melhor seria se fosse por preguiça ou descaso. Mas provavelmente isso também significava problemas. Se lhe restava beber o café e se preparar para a noite. Não contava mais com a sorte. Olhou à volta procurando um padaria. Não queria ficar sem cigarros em uma noite como aquela.

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19 de out. de 2008

Farrapos de Sonhos e Anotações de Uma Crônica de Changeling

(...) Emmaldeth ganhou um rosto e uma voz. Alguns gatos apareceram na Casa de Pedra. E a história de Nyall, e sua dor, assombraram meu adormecer. Em seu kimono de seda azul e negra, ela me contou sobre seu dilema e sobre a parte de sua alma que ela não sabe onde está.
Quartos de crianças podem ser um bocado assustadores, mas todos tem um encanto e uma porta que ninguém enxerga nem sabe onde vai dar. Algumas pessoas se esquecem de quem são, mas sempre são, no fundo, aquilo que sempre foram. Elas só precisam ser relembradas pelo céu, ou pelos amigos.
Tydel me mostrou seu livros e ganhou uma nova casaca. Ele mora na casa onde não se deve abrir as portas que não se fechou, nem se deve incomodar os gatos.
Enquanto isso, no andar de baixo, uma criança nunca nascida chora audivelmente nos sonhos daquela que seria sua mãe. Dizem que ela é louca. (...)

Farrapos de sonhos e anotações de uma Crônica de Changeling.

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Coraline and the Cat (excerpt)

- (...) if you're the same cat I saw at home, how can you talk?
- I can talk.
- Cats don't talk at home.
- No?
- No.
- Well, you're the expert on these things. After all, what would I know? I'm only a cat.

(...)

- Please, what's your name? Look, I'm Coraline, okay?
- *YAWN*
- ...
- Cat's don't have names.
- No?
- No. Now, you people have names because you don't know who you are. We know who we are, so we don't need names.

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17 de out. de 2008

Pássaros Pretos... e Tydel

Hoje, chegando na casa da Patinha, ví dois pássaros pretos em sua discreta elegância andando na beira do pilotis. Não fizeram muito caso de mim. Por quê o fariam? Mas, mal sabiam eles, o quanto eu os observei em busca do Tydel que já estava quase sumindo de minha lembrança.

Preciso voltar ao Changeling. Tydel e o resto do Círculo da Casa de Pedra me esperam...

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16 de out. de 2008

Mitos e Lendas da América Latina

Foram publicadas (eu mesmo traduzí!) duas matérias (aqui e aqui) sobre mitos, lendas e assombrações da América Latina no Global Voices em Português. Leitura gostosa e interessante para pessoas que, assim como eu, são apaixonadas por histórias encantadas, mitos e lendas.

Estou agora mesmo terminando de formatar a tradução para o português da primeira parte da matéria (em 3 partes) que publiquei no Global Voices Online sobre mitos, lendas e assombrações do Brasil. A matéria não levantou muito interesse por lá. Vamos ver o que o público lusófono vai achar dela.

De qualquer forma, indiferente do interesse dos outros, escrevo e traduzo estes temas por paixão pessoal -- e é esta que no fim das contas realmente importa.

UPDATE:
Meu primeiro artigo sobre alguns mitos, lendas e assombrações brasileiros (citado acima) já está traduzido para o português no Global Voices em Português. Quem quiser conferir põe o dedo aaaaquí, que já vaaaai feeeechar...

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Os espíritos que zumbem...

Não aguentava mais se dividir entre tentar trabalhar e matar os infinitos mosquitos que invadiam a casa no final da tarde. Por mais que eles os matasse, sempre apareciam mais. E eles eram do tipo insistente, que não tem medo de safanão ou remédio contra mosquitos. Não sabia mais o que fazer, e as picadas se multiplicavam, virando placas vermelhas sobre sua pele.
Foi então que começou a pensar em como seria se todos os mosquitos mortos continuassem zumbindo, suas almas impedidas de ir embora pela sede de sangue. Seus zumbidos seriam inevitáveis, advindos de corpos intangíveis que nunca mais encontrariam satisfação ou paz, e nem dariam paz aos viventes. Pensou em necromantes zumbintes arrebanhando os espíritos de sanguessugas esmagados, ou devolvendo os movimentos a corpos semi-destruídos de mosquitos zumbis... zumbís zumbintes...
Argh.. sim, poderia ser bem pior. Agora é melhor voltar ao trabalho. Ao menos os mosquitos mortos continuam mortos, e em menos de uma hora todos os mosquitos vivos irão embora para parir... mais mosquitos.

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Amoras

Deliciava-se. Lambia os dedos quase meticulosamente para digitar no computador, contando o quanto adorava aquelas amoras. Depois voltava a mergulhá-los na bacia, e a se deliciar com as suculentas frutinhas. Seu sonho era ter um pé de amoras só para si. Só para ela mesma, pra fazer doces e comer e se lambuzar.

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8 de out. de 2008

...

Os dias passam, e as histórias passam pela minha cabeça (segredadas por vozes daqui e de lá), mas o tempo sempre me escapa e nunca tenho tempo de escrevê-las.

Não pensem que me faltam agora histórias para contar e inspiração. O que me falta agora é o tempo.

Mas para quem quer saber, a alma, o coração e a Alma vão muito bem obrigado.

Abraços do Verde