10 de fev. de 2010

O mesmo blog, em novo endereço.

O Caderno do Cluracão mudou-se para:

cadernodocluracao.wordpress.com

Atualizem seus blogrolls.

p.s. feedback sobre o novo blog e sobre o novo template são muito bem vindos. Abraços do Cluracão.

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12 de jan. de 2010

Au passant...

Depois de todas as reviravoltas da vida, que me tiraram o chão e o fôlego, vou voltando aos poucos à normalidade. Infelizmente os projetos de dois meses atrás foram todos deixados para trás. Talvez consiga retomá-los eventualmente.

Por hora, tenho parados 3 contos, que sabe-se lá se e quando serão retomados.

Vivo sem pressa.
A vida vai do jeito que vai, e vai tranquila.

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24 de out. de 2009

Vida de quem volta a escrever. Dia 1

Hoje eu desescrevi metade do que eu escrevi ontem. Não gostei da forma como a história do "Ingatú..." se torna complexa, e com frases mais longas, a partir do terceiro parágrafo, e resolvi mudar os rumos. Até amanhã de noite espero ter terminado, se eu conseguir manter a disciplina.

Já há outra narrativa me perseguindo desde ontem, que tem chances moderadas de chegar a ser escrita.

E assim seguem os dias.

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23 de out. de 2009

reencontro. (2)

Estas parecem ser semanas cheias de reencontros com meus velhos escritos, proporcionados por comentadores conhecidos ou desconhecidos. Depois de reencontrar os "Caminhos", e meus escritos míticos sobre a tribo metarecicleira, foi a vez de reencontrar uma anotação blogada sobre a Cobra Preta que Mama, uma lenda do nordeste brasileiro. (aliás, encontrei aqui também uma referência à dita cobra)

A anotação é uma das milhares de notas que me seriam preciosas se eu as reencontrasse, feitas no meu velho blogue Alriada Express. O que é mais curioso é que neste exato momento eu estava debruçado sobre um "mito" que me veio à cabeça agora mesmo enquanto comia um hamburguer ali no Steve*. Logo que estiver colocado em palavras escritas, publico aqui o mito de Ingatú-sem-corpo.

*ainda tenho que um dia largar mão da inércia para escrever sobre a hamburgueria do Steve.

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Palavras soltas

Um email do @dasilvaorg me fez refletir sobre o enorme problema que temos com as palavras -- com o nome que damos para as coisas, a maneira como nos referimos a elas e até a nós mesmos, e na escolha de palavras que temos para expressar as coisas.

As palavras tem poder, e aquelas que a gente escolhe em nossa fala não apenas falam muito mais sobre nós, mas também moldam o nosso mundo. E o mundo em que vivemos cada dia mais parece estar virando pelo avesso... e as nossas escolhas de palavras tem um papel fundamental nisso.

Tudo isso, e tão pouca gente pensa no que fala. Mais do que isso, tem gente que deve achar que estou falando besteira, ou apenas ficando maluco de vez. Mas isso também é só uma questão de escolha de palavras.

É perigoso deixar as palavras tão soltas. Elas tem um poder que é só delas. Deveríamos ser mais responsáveis pelas palavras que empunhamos. Elas mudam o mundo.

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para meu pai.

Hoje completam-se 11 anos que o véio ZéMura pai descansou.

Teu descanso é merecido, pai.

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reencontro.

E então, em meio aos tantos linques que sigo dia a dia, eu reencontrei algo de mim...

Ascension_and_the_clurichaun_by_cluracan

Quando se escreve a história do metareciclagem, tenham em mente que estão escrevendo uma lenda. Quando se estrutura a forma de pensar, fazer e multiplicar a ação metarecicleira, está se tecendo uma construção sensível e prática que se assemelha à iniciação dos shamans e guerreiros-sagrados de outrora. Algo que leva a pessoa além de sua vivência comum, apresenta a ela visões e dimensões que estão além daquilo que está em seus cotidianos, apresenta a ela conhecimentos novos, quase esotéricos, e tudo isso se transforma em um poder e uma percepção do próprio poder que é completamente nova para para a pessoa. E então ela é instada pelo grupo a colocar em prática este conhecimento… (Daniel Duende Carvalho)


Muito obrigado, meu amigo Orlando, por me ajudar mais uma vez a lembrar de mim...

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Venho do esquecimento...

Serei o único a esquecer, durante a noite escura das janelas fechadas o dia todo, do brilho tão familiar da (minha própria) luz? Creio que não. Mas sozinho como me faço, me isolando lá e cá por sabe-se lá o quê, sempre pareço para mim ser o único... simplemente por fugir de todos mais, para me refugiar em minha torre com vista para o parque...

E me faço sempre a mesma pergunta, cuja resposta sempre esqueço junto com minha própria história: por quê!?

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16 de out. de 2009

(sempre) Existem Caminhos



"Existem caminhos para quem quer caminhar.
Existem caminhos para qualquer lugar.
Caminhos escuros, perigosos, trilhas estranhas,
e estradas largas cruzando planícies tamanhas
Que nunca se sonhou poder atravessar.

Existem caminhos verdejantes e belos
que nos levam de castelo em castelo,
de covil em covil, através dos bosques
cheios de fadas e feras, terras das hostes
das pessoas feitas de sonhos, imaginárias...

Existem caminhos sempre
Basta persistir e seguir.
Os Deuses da estrada abençoam
aquele que não se deixa cair.

Eu só quero encontrar o jardim
no qual eu possa me deitar e sonhar..."

-=-

A poesia é de outros tempos, reencontrada por meio do blogue de alguém que a encontrou, ou que nela se encontrou, em algum momento entre lá e cá.

E de lá para cá, foram muitos os caminhos que andei. Alguns me levaram para longe. Em outros me perdi. Em todas estas caminhadas, encontrei e aprendi muita coisa, e perdi tantas outras coisas, de mim e do que era de meu haver, esquecidas em algum pouso ou roubadas pelos perigos da estrada.

E em todos estes caminhos que trilhei, é certo de que havia sempre a vontade de encontrar os melhores caminhos. Mas hoje me pergunto se fiz mesmo as melhores escolhas. Acho que algumas, aquelas que me levaram mais e mais para longe de mim mesmo, por qualquer motivo que fosse, foram terríveis.

Agora me vejo no difícil momento de descobrir onde estou, para então descobrir qual é o caminho de volta. É certo que o primeiro passo é abandonar a estrada e reencontrar as minhas trilhas. Só elas me levam através da muralha...

Estou cansado destas terras. Quero voltar para casa.


p.s. e por falar em casa, acho irônico que a foto que ilustrou esta poesia desde o princípio seja do Parque Olhos D'Água, que agora posso ver pela janela. Por vezes, ao entardecer, fico olhando para o parque, como se esperasse me ver passar por lá, para ver se me encontro...

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21 de set. de 2009

Entre mortos e feridos... salvam-se todos.

Vida é narrativa, uma história que a gente conta pra gente mesmo e para os outros. Quantas vezes ainda vou esquecer de mudar o disco, dar uma curva na narrativa e transformar a minha história em vez de apenas reclamar do dia ruim? Sempre acabo olhando para trás e rindo da minha cara.

Bem... ao menos eu dou risada.

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17 de set. de 2009

No mercado de peixes...

Duas grandes tolices: acreditar que aquilo que sentimos faz algum sentido para os outros, e acreditar que não faz.

No fim das contas, o que não faz sentido é a própria pergunta. Somos todos feitos de sentido. A consonância harmônica ou desarmônica destes nossos sentidos constituintes é que determina o mundo em que vivemos. No fundo só nos sabe o que sabemos, e só fazemos sentido daquilo que sentimos.

É por isso que é natural que vivamos a eterna dúvida entre o que deve ser dito e o que deve ser calado. Porque a dúvida é tão humana e premente quanto é absurda.

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Peleja finda

E daquela forma ferido, não de morte, mas de vida, Lauo olhou lateralmente para Rasmos e sorriu. Aturdido, Rasmos pôde apenas colocar a faca entre eles, para impedir que toda aquela patética fragilidade o rasgasse de fora a fora. Lauo continou sorrindo enquanto sangrava no caminho de casa. Sic semper tiranis.

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ao acordar

"Tanásio trouvait toujours une habileté secretement d'accuser les autres. Êmora croyait chaque fois que faute était sien. Par l'union de leurs pouvoirs, ils sont le Capitaine toutes les douleurs de la planète…"

disse baixinho o peixe da torre.

enquanto isso, em meio ao caos, na noite escura que amanhece pálida, e assim como ela, L. encontrou uma paz triste que era tão e somente sua, e voltou a viver.

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