17 de set. de 2009

No mercado de peixes...

Duas grandes tolices: acreditar que aquilo que sentimos faz algum sentido para os outros, e acreditar que não faz.

No fim das contas, o que não faz sentido é a própria pergunta. Somos todos feitos de sentido. A consonância harmônica ou desarmônica destes nossos sentidos constituintes é que determina o mundo em que vivemos. No fundo só nos sabe o que sabemos, e só fazemos sentido daquilo que sentimos.

É por isso que é natural que vivamos a eterna dúvida entre o que deve ser dito e o que deve ser calado. Porque a dúvida é tão humana e premente quanto é absurda.

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18 de out. de 2007

noventa graus à esquerda.

Eu achava que podia fazê-lo
mas não consegui.
Mas sempre se pode fazer
outra coisa...

Então, eu parei de sofrer
e fui dormir.


(ao menos vai tudo bem o bastante neste universo)

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30 de jul. de 2007

Bufo.

Começa assim...

"Você fez de mim um sátiro (e um glutão), por isso gostaria de permanecer agarrado às suas costas, como Bufo, e, como ele, poderia ter a minha perna carbonizada sem perder esta obsessão."


Estas primeiras palavras de Bufo e Spallanzani, de Rubem Fonseca, nunca me saem da cabeça. Será sua força, sua simplicidade ou seu sentido?

os Deuses sabem.

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