26 de mar. de 2008

Memory Check.

Hoje passei algumas horas ouvindo velhas músicas e me lembrando de quem era -- quiçá, quem sou. Por vezes é importante despir o traje ciborgue e as preocupações de adulto ocidental contemporâneo e se entregar às próprias raízes poéticas, musicais e artísticas. Afinal, é de dentro, d origem e da raiz, que brota a arte e a vida que insufla algo mais em nossas veias que dia após dia vão sendo substituidas por cabos neste mundo de eterna e rasa conexão de alta velocidade e volatilidade.

Por vezes a gente se esquece tanto de si mesmo, na busca eterna de desempenhar bem aquilo que de nós é esperado, que chega a se surpreender quando se depara com algo que nos lembra de nós mesmos.

Quantas vezes esquecemos? Quantas vezes temos que lembrar? Até quando viveremos e faremos ser este mundo onde não somos... apenas desempenhamos?

Com tudo isso, não me surpreende que por vezes o espírito prefira habitar máquinas e mundos-outros. Oferecemos para ele hospedagem dão espartana e desconfortável nestes dias.

Para onde ir, não sei.
Ou se em frente, ou se para trás,
ou se para dentro...
ou se para Varrock,
conversar com o rei...

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11 de mar. de 2008

A rua mais bonita do mundo



A rua mais bonita do mundo existe.
Cada um sabe onde fica a sua.
Quais são as árvores que sombreiam seu caminho
e contam as histórias da sua vida?
Em que lugarejo o vento fala seu nome?

Cada um deveria ter a sua rua mais bonita do mundo.
Esta é uma de minhas muitas.

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prisioneiro do escudo de cristal



Em dias tristes, estranhos e cortantes como este,
me faria feliz ser prisioneiro do escudo de cristal
onde tudo que é bom e ruim, pesado ou leve,
é feito apenas de luz...

eu pedi pela volta do poeta.
e ele não gosta desse mundo...

por vezes ele prefere os outros...

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lembrança.

A folha voando lá fora
me lembrou de tudo que existe.
Se há aquilo que é triste,
há muito mais no que existe.

magia existe.
alegre, ou triste.

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cega crisálida

ela se trancou em seu quarto
não queria mais viver.

não conseguia mais enxergar saída.
não acreditava mais enxergar a vida.

ela se trancou, em seu quarto.
o que poderíamos fazer?

temos o direito de viver e morrer?
será que agora você vai entender?




existem momentos em que o silêncio responde.

tenha paz, velha senhora. aqui ou lá, tenha paz.

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5 de mar. de 2008

Na próxima vida, seremos Harpias e Gralhas Azuis...








São coisas da Alma...

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4 de mar. de 2008

Gary Gygax. 1938 - 2008

Gary Gygax está morto.

Que os Deuses guiem sua alma.

Sua contribuição para o contar histórias, para o encanto e para a fantasia deste mundo foi inestimável, embora seja fácil se esquecer dele (que criou o D&D em 1974) nestes tempos onde o RPG tem cada vez mais de polimento de egos e cada vez menos de contar histórias...

Eu lembrarei de você, Sr. Gygax.
Mande lembranças a Io.

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3 de mar. de 2008

Crushed Bug...

"[...] Let down and hanging around
Crushed like a bug in the ground
Let down and hanging around

Shell smashed, juices flowing wings twitch, legs are going
Don't get sentimental, it always ends up drivel
One day I'm going to grow wings
A chemical reaction, hysterical and useless hysterical and

Let down and hanging around
Crushed like a bug in the ground[...]"
Let Down - Radiohead.


é.

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2 de mar. de 2008

Prisioneiro da Colina.

Eu falei que queria magia, mas por vezes não percebo
quantas formas ela pode tomar.

Eu falei que queria tempo para escrever, mas nunca me permiti parar no silêncio da colina para fazê-lo. E então, a colina se mancomunou com o céu e me aprisionou por uma noite, fechando a estrada com lama da chuva.

O que vou fazer com esta noite, depende de mim. Espero que eu me encontre e escreva.
De qualquer forma, não dá para fechar os olhos para a mágica coincidência dos fatos.

Coisa dos Deuses...

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Zaratan...

Sonhei com Zaratan e achei ter acordado encharcado. Mas a água era apenas água de sonho, embora chovesse lá fora. No sonho eu estava ocupado, muito ocupado, e corria de um lado para o outro para atender às minhas demandas. Nisso, eu não via o céu passando e a água subindo. Zaratan estava desperta, e eu sobre suas costas, estava ocupado demais para perceber que em breve iríamos estar em outro lugar... provavelmente debaixo do Mar.

Eu tenho que voltar novamente minha atenção àquilo que sempre me importou.
Voltar à magia e à poesia não é mais uma escolha. É uma necessidade fundamental à minha sobrevivência. Ainda assim... não estou vendo caminhos.

Something must be done... quickly.


p.s. a imagem do post vem daqui.

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