17 de jun. de 2008

um fragmento solto...

"...Armando chegou em casa, jogou as chaves do carro e a carteira sobre a mesa bagunçada, e entrou rápido em seu quarto. Ouviu o silêncio e olhou para o teto. Ficou um, dois, vários segundos assim, deleitado com o silêncio e com o vazio. Não era o barulho dos outros, mas sim o barulho que os outros faziam em sua cabeça, que o enlouquecia o dia inteiro. Armando nunca ouvia música em casa nem recebia visitas. Seu maior prazer era a privação momentânea de qualquer contato humano. Não eram prazeres tão estranhos assim. Todos precisam de um pouco de solidão..."

(o fragmento é antigo, mas hoje o reencontrei por acaso e resolvi publicar)

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