Brutti, Sporchi e Cativi
O Brutti, Sporchi e Cativi continua ducaralho.
O segredo de falar e escrever bem é falar o que precisa ser dito, e somente o necessário. :)
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Este blogue é a caderneta digital de anotações do imaginante e contador de histórias Daniel Duende Carvalho. Aqui são rabiscadas idéias, fragmentos, registros, anotações, referências, pensamentos, divagações, desabafos, poesias, delírios e algum nonsense. Se sua curiosidade o trouxe até aqui, seja bem vindo.
Abraços do Verde.
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"Eu queria acreditar que pegar um ônibus até a faculdade me levaria a um mar de possibilidades, mas não é bem assim que me sinto num calor beirando os quarenta graus; talvez alguém dentro daquele mesmo ônibus, tão caloroso e nada positivo sentisse diferente; talvez essa pessoa fosse para o aeroporto: aí então haveria um mar de possibilidades; mas eu estava no ônibus, indo para a faculdade com poucas possibilidades à mão, sem querer muito conversar com uma menina do meu lado, de franja rosa – e eu aposto que ela gosta de pelo menos duas dúzias de bandas que começam com “the”, igualzinha a mim. Acho que ela não iria se importar se eu tocasse sua coxa, num movimento bem sacana; e eu iria deixar os óculos escuros escorregarem até o meio do nariz e voltar os olhos a ela e não dizer absolutamente nada e nesse momento quase radiante, quando ela, sentindo um acréscimo de estima por ela mesma e um tilintar especial correndo sua espinha e ficar entre o escândalo e a permissividade, talvez me dissesse um sim sem nenhuma palavra ou segurasse minha mão e colocasse seu classificador repleto de anotações sobre a biologia marinha por cima de tudo, para nos esconder e aí me mostrasse onde realmente começava o seu oceano particular: entre sua calcinha e suas coxas, entre os seus pêlos pubianos e o acento tão desgraçado do ônibus.(...)"Eu também gostei muito do resto deste conto, mas se você quiser ler, vai ter que ir lá no Brutti, Sporchi e Cativi, onde o Ernesto escreve toda quarta-feira.
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Ernesto Diniz, 28 anos, soteropolitano, possui memória seletiva sem critério, escreve em blogs desde 2000. Vive uma espécie de síndrome do não-pertencimento misturando algo entre Caio Fernando Abreu e Walt Whitman (?). Descobriu cedo os efeitos nocivos da kriptonita para o trabalho árduo de salvar o mundo, mas obteve redenção após ingressar em uma universidade federal e fazer carreira de estudante (a qual, afirma ele, é finita e encontra-se em franca decadência). Vive prometendo que morará fora, numa cruzada em busca da Pasárgada perdida (muito embora não conheça nenhum rei, nem súditos, dada sua anti-sociabilidade branda). É pesquisador em Tradução Intersemiótica e fala de Shakespeare como quem fala das novas tendências da música indie-pós-punk-neo-electro-rock-tropicália (aforismos somente no chuveiro). Ama as árvores, sândalo, avelã, cultura celta e ainda firmará morada no País de Gales.
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