A estranha vida de Teo. (e um pouco da minha também)
Enquanto ainda estava no Rio de Janeiro, ficava sentado na varanda do décimo segundo andar olhando a surrealidade das vidas cariocas que se desenrolavam à toda volta. Havia o médico (ou dentista) que ficava nú em seu consultório no final do expediente, lendo e fazendo anotações. Havia a cobertura onde frequentemente 3 ou 4 mulheres nuas ficavam se pendurando na grande e acenando para os passantes da rua (e para os escritores sentados em varandas do décimo segundo andar). Havia o menino que ficava olhando de binóculo para as janelas do meu prédio. Vez por outra, nos dias em que chegava droga no morro, eu podia ver meninos com fuzis na mão montando guarda no topo de um prédio próximo à entrada do morro do Pavãozinho.
Em meio a toda esta surrealidade surgiu a idéia de escrever uns romances policiais surreais. A idéia era uma brincadeira, e continuou como tal por vários dias. De qualquer forma, me diverti fazendo anotações para o primeiro deles -- O Ícaro -- que girava à volta da morte de um velho e rico artista onde a suspeita recaía sobre sua sobrinha-neta, a única pessoa que dividia o apartamento com ele. É claro que a história era um bocado mais surreal, por trás deste mote aparentemente banal.
Com o passar dos dias e a correria, acabei deixando a idéia (e todos meus outros projetos de escrita) de lado. Quando comecei a me debruçar na leitura de alguns dos contos policiais de Rubem Fonseca (como Bufo e Spallanzani e O Caso Morel) a vontade de escrever histórias policiais voltou (embora eu não tenha retornado ao projeto do Ícaro na época). Mesmo assim, na época, não me veio grande inspiração e o momento acabou passando também.
Há alguns dias fui convidado por alguns queridos amigos para escrever roteiros para histórias em quadrinhos. Como estava com a cabeça cheia, nem dei atenção à coisa no momento. Mas hoje, enquanto devorava um bife na cozinha, meio apressado para descer para a cidade e tomar umas cervejas para relaxar, alguns dos (já comuns) acontecimentos estranhos que cercam a bizarra Casa da Colina (onde moro) voltaram a me lembrar de Teo.
Teo é o nome do investigador que protagoniza o Ícaro (o conto que eu pensei em escrever). Uma figura bastante interessante, sobre a qual não pretendo falar nada agora para não estragar a surpresa. Teo tem uma vida um bocado estranha, embora tente da melhor forma possível ter uma vida completamente normal. É tragicômico.
Em resumo, a história do Ícaro, e Teo, me voltaram à cabeça e estas idéias foram se juntando à idéia da história em quadrinhos e a outras idéias que também flutuavam em minha cabeça. E, de repente -- abracadabra -- o roteiro me surgiu quase inteiro na cabeça, passando quadro a quadro frente a meus olhos enquanto eu olhava preocupado tentando descobrir que diabos era aquela coisa enorme se mexendo debaixo da minha geladeira...
A vida é surreal, mas é boa.
Mais informações sobre este projeto, depois,
se o monstro sob a geladeira não me matar. :)
Em meio a toda esta surrealidade surgiu a idéia de escrever uns romances policiais surreais. A idéia era uma brincadeira, e continuou como tal por vários dias. De qualquer forma, me diverti fazendo anotações para o primeiro deles -- O Ícaro -- que girava à volta da morte de um velho e rico artista onde a suspeita recaía sobre sua sobrinha-neta, a única pessoa que dividia o apartamento com ele. É claro que a história era um bocado mais surreal, por trás deste mote aparentemente banal.
Com o passar dos dias e a correria, acabei deixando a idéia (e todos meus outros projetos de escrita) de lado. Quando comecei a me debruçar na leitura de alguns dos contos policiais de Rubem Fonseca (como Bufo e Spallanzani e O Caso Morel) a vontade de escrever histórias policiais voltou (embora eu não tenha retornado ao projeto do Ícaro na época). Mesmo assim, na época, não me veio grande inspiração e o momento acabou passando também.
Há alguns dias fui convidado por alguns queridos amigos para escrever roteiros para histórias em quadrinhos. Como estava com a cabeça cheia, nem dei atenção à coisa no momento. Mas hoje, enquanto devorava um bife na cozinha, meio apressado para descer para a cidade e tomar umas cervejas para relaxar, alguns dos (já comuns) acontecimentos estranhos que cercam a bizarra Casa da Colina (onde moro) voltaram a me lembrar de Teo.
Teo é o nome do investigador que protagoniza o Ícaro (o conto que eu pensei em escrever). Uma figura bastante interessante, sobre a qual não pretendo falar nada agora para não estragar a surpresa. Teo tem uma vida um bocado estranha, embora tente da melhor forma possível ter uma vida completamente normal. É tragicômico.
Em resumo, a história do Ícaro, e Teo, me voltaram à cabeça e estas idéias foram se juntando à idéia da história em quadrinhos e a outras idéias que também flutuavam em minha cabeça. E, de repente -- abracadabra -- o roteiro me surgiu quase inteiro na cabeça, passando quadro a quadro frente a meus olhos enquanto eu olhava preocupado tentando descobrir que diabos era aquela coisa enorme se mexendo debaixo da minha geladeira...
A vida é surreal, mas é boa.
Mais informações sobre este projeto, depois,
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Marcadores: bufo e spallanzani, escritos, hq, O caso morel, O Ícaro, Rapidão Comics, rubem fonseca, Teo, vida surreal
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