Alguém lembra do Teatro Oficina Perdiz?
A um tempo atrás falei um bocado sobre o pitoresco Teatro Oficina Perdiz aqui no Caderno. O teatro, que também era uma oficina mecânica, estava ameaçado de despejo pelo desinteresse do público e da Secretaria de Cultura do DF. Na época, houve uma mobilização para salvar o teatro. Criou-se um blogue, comunidades no orkut (aqui e aqui) e se fez um bocado de barulho.
Hoje, movido pela curiosidade expressa pela Cláudia de Goiânia nos comentários de um de meus posts, fui ver a quantas andam o blogue e as comunidades do teatro e, ao que parece, a mobilização já foi desfeita. O blogue está parado, as comunidades também, e não pude encontrar muita coisa nova sobre o teatro no Google.
Não sei se o teatro ainda vive ou não, mas prometo esticar o olho na próxima vez que passar pela 408 norte para ver se o encontro por lá. Enquanto isso, me pergunto: Onde foi parar toda aquela galera que amava tanto o Teatro Oficina Perdiz?
Hoje, movido pela curiosidade expressa pela Cláudia de Goiânia nos comentários de um de meus posts, fui ver a quantas andam o blogue e as comunidades do teatro e, ao que parece, a mobilização já foi desfeita. O blogue está parado, as comunidades também, e não pude encontrar muita coisa nova sobre o teatro no Google.
Não sei se o teatro ainda vive ou não, mas prometo esticar o olho na próxima vez que passar pela 408 norte para ver se o encontro por lá. Enquanto isso, me pergunto: Onde foi parar toda aquela galera que amava tanto o Teatro Oficina Perdiz?
Marcadores: desmobilização, mobilização, teatro oficina perdiz
3 Comments:
Sabe o que acontece com teatros
de vanguarda e de gente decidida a mostrar a arte nem que seja dentro de uma oficina?
Estão morrendo, ou por "despejo", ou por "Desprezo" o que dá quase no mesmo.
Na década de oitenta os Caceta e Planeta já diziam no seu jeito nada politicamente correto:
"Vá ao Teatro, mas não me convide"
Eu cheguei a comprar a camisa. rs rsrs
mas eles flechavam esse teatro besteirol, que desobriga o publico a pensar.
Nestes tempos de Hype, os teatros (e os grupos teatrais) são exaltados ou abandonados na medida em que são "cool". São tempos em que a propaganda, o "vamos lá", vale mais do que a qualidade ou a iniciativa pessoal.
É neste caldeirão que entra o Oficina Perdiz... alguém ainda se lembra dele? Neste mesmo caldeirão está o Caceta e Planeta. Não me lembro se já foi engraçado, mas hoje lideram um caminho que até os "Melhores do Mundo" (que eu já achei engraçados) está seguindo: trocar qualquer qualidade pela exposição a qualquer preço.
Em um mundo "show-business" como este, quem precisa de teatros-oficinas? Tudo que se precisa é de algum todo-poderoso órgão de comunicação dizendo que você é bom. A qualidade fica para quem quer ver com os próprios olhos... coisa rara hoje em dia.
De fato.
A brincadeira do Caceta - que na época acho era outro nome que essa turma tinha - eu vestia por discordar justamente desse Pão e Circo que a gente por aí.
A bem de uma verdade mais esclarecedora, esse meu comentário surgiu quando li a revista Caros amigos e vi uma pequena crônica do... (esqueci a revista em casa), e aí refleti sobre o que já acontecia com o Teatro brasileiro naquela época - década de oitenta - que era essa linha de teatro qualquer nota para fazer fama e grana.
Quando eu fiz teatro a gente pagava para encenar em qualquer lugar, e pode acreditar, havia publico...
Hoje em dia, um bom espetáculo é raro e caro, a produção de qualquer espetáculo é sempre despendiosa e se realmente não temum "Peixe" bom abrindo os cofrinhos e escolhendo a dedo o que ou a quem "apadrinhar", realmente fica difícil querer ir ao teatro, hoje.
Salvo quando ocorre um festival na sua cidade, aí dá para dar uma espiada.
Acho que o pessoal do Perdizes não deveria cruzar os braços não.
Promover festinhas, pequenos shows, fazer barulho por tudo o que se acredita em termos de cultura teatral da boa e da válida.
Outra coisa que essa matéria tua me fez lembrar eu conto depois...
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