Conversa de gatos e gentes
Desisti de escrever o que estava escrevendo. Bem, não é que eu desisti de escrever em si. É mais como se eu tivesse desistido de escrever aquilo que estava escrevendo, que não estava refletindo o que eu queria escrever. Alguns escritos simplesmente dão errado. E escritos não são como pessoas. Eles por vezes não encontram seu caminho. É melhor simplesmente amassar o papel em que se escrevia (ou o equivalente digital "close document" - "don't save"), abortar, partir pra outra.
Fico então olhando a Fionna, minha gata, passear pela cozinha, ansiosa e frustrada pela estupidez de seu humano -- eu -- em ter esquecido de comprar comida para ela. Lembro-me de ter lido certa vez, ou mais de uma vez, que Neil Gaiman declarava que ouvia todas as histórias que contava de seu gato, ou seria gata? Não importa, ao menos pra mim, o sexo do felino. O que importa é que eu gostaria, ao menos uma vez, de poder ouvir uma história que a Fionna me contasse. Quem sabe se Neil me ensinasse a entender a fala dos gatos. Acho que seria a solução. Pois o contrário, a Fionna aprender com o gato, ou gata, de Neil Gaiman a falar a fala das gentes, poderia esbarrar no costumaz desinteresse dos felinos -- dos dois felinos envolvidos, no caso. Fionna só quer comida, eu não conheço Neil Gaiman pessoalmente, e muito menos seu gato ou gata, e eu deveria estar tentando escrever as histórias que tenho pra contar neste momento em vez de escrever este post sem pé nem cabeça.
Mas de uma forma ou de outra, estas palavras me soaram bem mais honestas do que qualquer história que eu poderia contar neste momento. Queria poder contar uma história sobre gatos e gentes, e sobre suas histórias. E isso é justamente a idéia que eu precisava.
Lúti vai contar a história.
(e é assim que a gente recomeça. deixa a mente vagar pra fora da história, ronda um pouco que nem um gato procurando comida, e então -- zás! -- você reencontra a senda da história.)
Hora de voltar a meus escritos.
Espero que a Fionna ache comida. Seria terrível escrever com ela miando no meu ouvido.
Onde eu estava?
Ahhh, sim...
"Lúti observava a chuva caindo através da janela..."
Fico então olhando a Fionna, minha gata, passear pela cozinha, ansiosa e frustrada pela estupidez de seu humano -- eu -- em ter esquecido de comprar comida para ela. Lembro-me de ter lido certa vez, ou mais de uma vez, que Neil Gaiman declarava que ouvia todas as histórias que contava de seu gato, ou seria gata? Não importa, ao menos pra mim, o sexo do felino. O que importa é que eu gostaria, ao menos uma vez, de poder ouvir uma história que a Fionna me contasse. Quem sabe se Neil me ensinasse a entender a fala dos gatos. Acho que seria a solução. Pois o contrário, a Fionna aprender com o gato, ou gata, de Neil Gaiman a falar a fala das gentes, poderia esbarrar no costumaz desinteresse dos felinos -- dos dois felinos envolvidos, no caso. Fionna só quer comida, eu não conheço Neil Gaiman pessoalmente, e muito menos seu gato ou gata, e eu deveria estar tentando escrever as histórias que tenho pra contar neste momento em vez de escrever este post sem pé nem cabeça.
Mas de uma forma ou de outra, estas palavras me soaram bem mais honestas do que qualquer história que eu poderia contar neste momento. Queria poder contar uma história sobre gatos e gentes, e sobre suas histórias. E isso é justamente a idéia que eu precisava.
Lúti vai contar a história.
(e é assim que a gente recomeça. deixa a mente vagar pra fora da história, ronda um pouco que nem um gato procurando comida, e então -- zás! -- você reencontra a senda da história.)
Hora de voltar a meus escritos.
Espero que a Fionna ache comida. Seria terrível escrever com ela miando no meu ouvido.
Onde eu estava?
Ahhh, sim...
"Lúti observava a chuva caindo através da janela..."
Marcadores: contar histórias, escrever, gatos, neil gaiman
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