A vendedora de vasos...
"(...) havia, na cidade de Dulosett, uma jovem que possuía um dom especial na fabricação de vasos de cerâmica. Seus vasos eram delgados e sinuosos, nunca iguais uns aos outros, e ela os pintava com cores vivas que refletiam seus olhos negros. Seria uma artista, se assim se considerasse. Mas como se considerava muito pouco, era apenas uma oleira de grande habilidade.
Um dia, Wullom encontrou-a no mercado, sentada de cabeça baixa sobre a rota toalha verde e púrpura sobre a qual expunha seus sinuosos vasos. Demorou-se a perceber que ela chorava. Investido da curiosidade dos gnomos, ele a perguntou por que é que chorava. E ela respondeu que estava triste e cansada por ter vendido todos os seus vasos por tão pouco e mesmo assim ainda passar fome e frio.
Wullom sempre falou muito, mesmo quando não precisava. Mas neste dia, conta-me ele, ficou em silêncio olhando para aqueles grandes olhos negros. Achava que não era necessário dizer mais nada, ou que não havia o que dizer. Cabia a ela, e apenas a ela, dizer o valor das coisas. Disso os gnomos sabem muito bem.
Quando perguntei para ele por que é que ele não a abraçou e cuidou dela, como na época acreditava que era certo fazer, ele me respondeu: 'ela não precisava de nada além do que já sabia que tinha. dar mais seria desvalorizar ainda mais aquilo que precisava muito ser valorizado'.
'Então foi por isso que você não falou nada?', perguntei.
'Não. Foi por isso que eu a chamei para tomar uma cerveja. Indiferente do que se tenha a dizer, sempre se pode tomar uma cerveja.'
Sábios..."
Um dia, Wullom encontrou-a no mercado, sentada de cabeça baixa sobre a rota toalha verde e púrpura sobre a qual expunha seus sinuosos vasos. Demorou-se a perceber que ela chorava. Investido da curiosidade dos gnomos, ele a perguntou por que é que chorava. E ela respondeu que estava triste e cansada por ter vendido todos os seus vasos por tão pouco e mesmo assim ainda passar fome e frio.
Wullom sempre falou muito, mesmo quando não precisava. Mas neste dia, conta-me ele, ficou em silêncio olhando para aqueles grandes olhos negros. Achava que não era necessário dizer mais nada, ou que não havia o que dizer. Cabia a ela, e apenas a ela, dizer o valor das coisas. Disso os gnomos sabem muito bem.
Quando perguntei para ele por que é que ele não a abraçou e cuidou dela, como na época acreditava que era certo fazer, ele me respondeu: 'ela não precisava de nada além do que já sabia que tinha. dar mais seria desvalorizar ainda mais aquilo que precisava muito ser valorizado'.
'Então foi por isso que você não falou nada?', perguntei.
'Não. Foi por isso que eu a chamei para tomar uma cerveja. Indiferente do que se tenha a dizer, sempre se pode tomar uma cerveja.'
Sábios..."
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