O Salto do Menino Tritão (duende, 2005)
Revirando mais um pouco os arquivos imaginários em busca dos fragmentos rebuscanos, encontrei uma velha poesia que volta a me encantar, sempre viva como o mar...
Foi publicada originalmente no Alriada Express em maio de 2005, inspirada em um sonho que a Dona Graça teve com seu filho, o 'anatólio' Daniel Padua.
É curioso e encantador como esta poesia fala COMIGO até hoje.
o salto do menino tritão.
"morrer é nascer. aprender é crescer. viver é transformar-se...
No barco dourado enfeitado com guirlandas, uma festa comedida navega.
Na esteira do mar feroz que ruge e cospe navega uma festa dourada
de família. No parapeito, sonhador, um menino sensível namora o mar.
As ondas o convidam, a imensidão do mar o seduz, não há nada no
mundo barco que o possa segurar...
Apenas os gritos o saúdam quando ele salta.
Gritos maternos e guinchos de gaivotas inexistentes se fundem,
no dia em que o jovem se uniu com o mar.
O que aos olhos do navegante é morte,
é para o menino tritão o início da vida.
Mudar de ambiente é uma questão de aprender a respirar...
Ele segue vivendo, além das fronteiras dos barcos,
descobrindo que a vida no mar é fêmea,
descobrindo o que é A Mar...
(uma homenagem a um sonho belo e assustador de Dona Graça).
Foi publicada originalmente no Alriada Express em maio de 2005, inspirada em um sonho que a Dona Graça teve com seu filho, o 'anatólio' Daniel Padua.
É curioso e encantador como esta poesia fala COMIGO até hoje.
Marcadores: alriada express, daniel padua, poesia, sentimentos oceânicos
3 Comments:
É linda essa relação do menino com o amor A Mar...
eu nasci defrente para um rio que sembocava no mar...
sempre vivi fascinada, mas com medo...
Porque parecia - e ainda parece - que A Mar queria sempre me levar...
Para imensidões delirantres, mas assustadoras.
O menino mergulhou...
encontrou seus iguais...
submergir para cair no mundo real?
Parece que jamais!
Menino Pádua,
Mas um Eu a se encontrar,
nas profundezas delirantes
do mar de A Mar.
Postei hoje uma poesia sobre barco ilusórico... navegações imaginárias no mar de A mar...
Um abraço, Verde
Errei um dedo.
é desemboca e não samboca- palavra nova essa, acabei de inventar, eu acho, ou já há de existir?
Uma poesia leve que lembra ondas suaves batendo nas rochas. Transmite uma sensação de tranqüilidade. Queria eu ser esse menino.
Beijos de aventura.
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