26 de fev. de 2007

qualé a tua tribo, cara pálida?

Quando vejo um negócio desses, me vem um trecho de uma música do Legião Urbana à cabeça:
"...Ah, se eu soubesse lhe dizer qual é a sua tribo
Também saberia qual é a minha, mas você também não sabe
E o que é que eu tenho a ver com isso?

Ah, se eu soubesse lhe dizer o que fazer pra todo mundo ficar junto
Todo mundo já estava há muito tempo
E o que é que eu tenho a ver com isso?

Sou brasileiro errado
Vivendo em separado
Contando os vencidos
De todos os lados"

É tão triste que algumas pessoas baseiem suas revoluções na paranóia, no ódio e na desunião. Não é a toa que quase todo velho revolucionário se torna um velho amargo, frustrado e solitário, isolado dentro de sua furiosa insatisfação. Revolução feita com ódio é apenas loucura, é uma busca tão feroz de mudança que não agrega ninguém -- pelo contrário, afasta e aliena -- e te leva a um mundo só seu onde você não quer a companhia de ninguém, e ninguém quer mesmo estar junto de você.

"Quando se aprende a amar
o mundo passa a ser seu..."

Não sou inimigo, mas tenho preguiça de quem não sabe reconhecer seus aliados por trás das roupas e dos cheiros. Talvez eu seja apenas um poeta, ou um idiota. Mas não tenho paciência para o ódio, nem tenho tempo para os discursos furiosos. Tenho umas fábulas a escrever e amigos a amar, e um mundo todo meu para cuidar.

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2 Comments:

Anonymous Vale said...

Mais do que um conto encantado, este conto da realidade me encantou! ;-D

8/26/2009 09:21:00 PM  
Anonymous Daniel Duende said...

Eu que agradeço, não só pelos elogios que me deixam muito feliz, mas também por ter me ajudado a reencontrar estas palavras com seu comentário.

Muito obrigado!

8/27/2009 08:29:00 AM  

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