Elvira não pode dormir.
eu detesto quando chega a noite.
fica silencioso demais e as pessoas tem que dormir.
eu detesto, detesto, detesto ter que dormir.
quando eu vou dormir, eu penso.
e quando eu penso, eu lembro,
e eles vem até mim...
minha barriga ronca.
não tem nada para comer aqui.
tento dormir.
mas eles vem até mim...
alguém escuta música
no andar de cima.
eu não queria estar sozinha aqui.
porque aí eles vem até mim...
alguém grita lá fora.
eu grito em silêncio aqui dentro.
meu pulso dói.
eles estão chegando...
vou chorar. não. não quero chorar.
estou com fome mas não vou comer.
quero ir embora
e eles vem até mim....
ele me bateu. ele me bateu muito.
e doeu mais dentro do que fora,
porque ele bateu tanto que parou de doer no corpo.
e ele matou meu filho.
mas a culpa foi minha. a culpa é minha.
sempre. sempre sou a culpada
todos colocam a culpa em mim.
então fui eu que matei meu filho.
mas eu não tinha escolha.
estava muito difícil. eu não aguentava mais
e não havia ninguém mais lá. só ele.
então foi ele que matou meu filho.
mas então ele descobriu
que eu estava vendo ele,
outro ele, todos eles...
eles mataram meu filho.
mas isso não importa mais.
eu matei, eles mataram,
ele está morto,
meu filho.
ele está vindo para me buscar.
todos eles estão.
querem me buscar pra me trancar de novo
querem me buscar pra me bater de novo
querem me buscar para morrer de novo
querem me buscar para me xingar de novo
querem me buscar para me matar...
não...
fui eu...
ele...
eles...
que
mataram.
eu
não
eu
matei
eu
não
sei...
vão embora!
vocês não mataram meu filho
vocês mataram a mim
e agora meu filho morto
vive minha vida
para vir aqui me buscar
e me levar embora
em seu lugar...
ele vai me matar.
mas eu já estou morta.
quero ir embora
e eles estão chegando...
estamos todos mortos.
mas eu queria tanto tanto tanto
poder
viver.
fica silencioso demais e as pessoas tem que dormir.
eu detesto, detesto, detesto ter que dormir.
quando eu vou dormir, eu penso.
e quando eu penso, eu lembro,
e eles vem até mim...
minha barriga ronca.
não tem nada para comer aqui.
tento dormir.
mas eles vem até mim...
alguém escuta música
no andar de cima.
eu não queria estar sozinha aqui.
porque aí eles vem até mim...
alguém grita lá fora.
eu grito em silêncio aqui dentro.
meu pulso dói.
eles estão chegando...
vou chorar. não. não quero chorar.
estou com fome mas não vou comer.
quero ir embora
e eles vem até mim....
ele me bateu. ele me bateu muito.
e doeu mais dentro do que fora,
porque ele bateu tanto que parou de doer no corpo.
e ele matou meu filho.
mas a culpa foi minha. a culpa é minha.
sempre. sempre sou a culpada
todos colocam a culpa em mim.
então fui eu que matei meu filho.
mas eu não tinha escolha.
estava muito difícil. eu não aguentava mais
e não havia ninguém mais lá. só ele.
então foi ele que matou meu filho.
mas então ele descobriu
que eu estava vendo ele,
outro ele, todos eles...
eles mataram meu filho.
mas isso não importa mais.
eu matei, eles mataram,
ele está morto,
meu filho.
ele está vindo para me buscar.
todos eles estão.
querem me buscar pra me trancar de novo
querem me buscar pra me bater de novo
querem me buscar para morrer de novo
querem me buscar para me xingar de novo
querem me buscar para me matar...
não...
fui eu...
ele...
eles...
que
mataram.
eu
não
eu
matei
eu
não
sei...
vão embora!
vocês não mataram meu filho
vocês mataram a mim
e agora meu filho morto
vive minha vida
para vir aqui me buscar
e me levar embora
em seu lugar...
ele vai me matar.
mas eu já estou morta.
quero ir embora
e eles estão chegando...
estamos todos mortos.
mas eu queria tanto tanto tanto
poder
viver.
(imagem por Nessie1001 no dA)
Marcadores: Céu em Chamas, changeling, Queda do Oeste
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