10 de jul. de 2007

Anjo do Tempo - José Craveirinha

Bambos
os joelhos
ó divina ânfora
em que te chovo.

Meu
anjo do tempo
apoteose
do sismo.

Tuas
polpas
gloriosas
em meus tactos.

Cílios
descidos
glória ao sumo
do teu doce
caju novo.

(André Craveirinha in Poemas Eróticos, publicado no Kitanda)


José Craveirinha é foda!
As palavras que não me calam hoje nas músicas,
me gritam na poesia.

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