o quase-lirismo das 10 punhetas de bukowski e o coloquialismo radical

Isso começa a me fazer ter idéias de experimentar escrever algo explorando um "coloquialismo radical" brasiliense -- contos e short stories narradas em uma linguagem direta, curta e extremamente coloquial (e típica do quadradinho), como se estivessem sendo contadas para amigos em uma mesa de bar por alguém que já está alegremente bêbado e exagerado.
Pode ser um experimento interessante.
Brinco com isso, quando terminar de parir meu atual conto...
Marcadores: bukowski, coloquialismo radical, dez punhetas, escrever, literatura
2 Comments:
Duende,
por favor, experimente esse coloquialismo nos contos. Eu adoro. A idéia de amigos e mesa de bar me apraz logo de cara quando penso em contos.
O velho Buk é difícil de digerir pelo conteúdo, mas, a forma é atraente logo de cara.
Sou suspeita e tô puxando saco. Conheço pouco o velho... Mas, a leveza nos escritos é algo que me interessa muito. Uma leveza que não é pedante, que não é cotidiana, e que pode ser tosca e crua.
:) Gê!
Estou bem instigado a fazer estes experimentos coloquiais, moça. :)
Tão logo tiver um tempinho (e inspiração), vou me debruçar sobre isso.
Buk é um cara difícil. Ainda estou digerindo mais alguns de seus escritos. Falasse ele português, penso que os chamaria de "escrotos". Talvez isso também tivesse algo a ver com seu carater seminal além de sua jebalhice poética.
Outra coisa que me intriga é ouvir sobre o olhar feminista sobre Bukowski. Será ele um machão estúpido como parece a princípio, da mesma forma que parece ser um maledicente amargo de tudo e todos? Ou haverá uma doçura para com as mulheres que subjaz a seu texto, como há também um lirismo? Não será amorosa e justa a sua visão de Cass em "A mais linda mulher da cidade"?
Não sei. Mas gostaria de saber.
Beijos do Verde.
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