(sempre) Existem Caminhos
"Existem caminhos para quem quer caminhar.
Existem caminhos para qualquer lugar.
Caminhos escuros, perigosos, trilhas estranhas,
e estradas largas cruzando planícies tamanhas
Que nunca se sonhou poder atravessar.
Existem caminhos verdejantes e belos
que nos levam de castelo em castelo,
de covil em covil, através dos bosques
cheios de fadas e feras, terras das hostes
das pessoas feitas de sonhos, imaginárias...
Existem caminhos sempre
Basta persistir e seguir.
Os Deuses da estrada abençoam
aquele que não se deixa cair.
Eu só quero encontrar o jardim
no qual eu possa me deitar e sonhar..."
-=-
A poesia é de outros tempos, reencontrada por meio do blogue de alguém que a encontrou, ou que nela se encontrou, em algum momento entre lá e cá.
E de lá para cá, foram muitos os caminhos que andei. Alguns me levaram para longe. Em outros me perdi. Em todas estas caminhadas, encontrei e aprendi muita coisa, e perdi tantas outras coisas, de mim e do que era de meu haver, esquecidas em algum pouso ou roubadas pelos perigos da estrada.
E em todos estes caminhos que trilhei, é certo de que havia sempre a vontade de encontrar os melhores caminhos. Mas hoje me pergunto se fiz mesmo as melhores escolhas. Acho que algumas, aquelas que me levaram mais e mais para longe de mim mesmo, por qualquer motivo que fosse, foram terríveis.
Agora me vejo no difícil momento de descobrir onde estou, para então descobrir qual é o caminho de volta. É certo que o primeiro passo é abandonar a estrada e reencontrar as minhas trilhas. Só elas me levam através da muralha...
Estou cansado destas terras. Quero voltar para casa.
p.s. e por falar em casa, acho irônico que a foto que ilustrou esta poesia desde o princípio seja do Parque Olhos D'Água, que agora posso ver pela janela. Por vezes, ao entardecer, fico olhando para o parque, como se esperasse me ver passar por lá, para ver se me encontro...
Marcadores: divagações, overmundo, poesia
3 Comments:
Cluracão de Faerie é quisto e requisitado nas terras úmidas de Ooba-Tooba. Virá algum dia?
Os chineses [...] falam da lebre lunar. Buda, em uma de suas vidas anteriores, passou fome; para alimentá-lo, uma lebre se atirou no fogo. Como recompensa, Buda enviou sua alma para a Lua. Ali, sob uma acácia,a lebre tritura num morteiro mágico as drogas que compõem o elixir da imortalidade. (Borges, O livro dos seres imaginários).
O Cluracão de Faerie precisa se reencontrar, antes de saber onde pode ir...
Mas sente no fundo que poderia ser mágico.
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