Alriada
Longe, longe, longe daqui e dali,
Nas terras da terra que é a terra,
Contam as lendas de um povo muito belo
Que vive e brinca
Com os campos de Nossa Senhora
De suas frontes reluzem candeeiros
e em seus olhos vivos, estrelas,
luzinhas, brilhinhos, fogos-fátuos
Sabores de uma terra distante.
Uma terra cheia das coisas boas
de nossa gente.
Fecunda...
de deitar e estar
e gostar
de verdade.
É uma terra de luz
e de crepúsculos
e auroras.
Uma terra com raízes e flores.
Uma terra com fé em seu sangue.
Uma terra com Deuses das coisas,
das forças e das fraquezas,
da poesia que brota qual
água da vida, dos campos...
Dos velhos e dos novos tempos.
Eras tão boa minha terra.
Teus vales, teu seio perfeito
e as depressões que me levavam
ao fundo de mim mesmo
e ao fundo de ti,
eram como memórias da aurora
ou de coisas que não sei mais.
É saudade que sinto
e uma dor de não estar...
Eras tão boa, minha terra
que nem sei porquê me deixei ir embora
sem voltar.
Mas não quero encerrar meu canto filho
com soares de dor e saudade,
mas sim com um ar de esperança
de que voltarei, e volto
sempre.
Algum dia, quando eu voltar
terei bocas pra beijar
crianças pra abraçar
e uma história pra contar...
A antiga poesia minha que, em tese,
deu origem ao nome do blog.
Publicada originalmente aqui.
Marcadores: poesia
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